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Vá com Deus

 

Vá com Deus


Livro: Lindos Casos de Chico Xavier
Ramiro Gama

O Chico veste-se humildemente. Possui apenas dois ternos, um do uso e outro da reserva. Certo Médium de São Paulo, que o visitava, vendo-o tão mal vestido, exclama:

- Pensava em encontrá-lo, como o maior Médium de todos os tempos, bem vestido, bem ALOJADO, vivendo uma vida folgada e o encontro assim, maltrapilho. Não está certo.

Precisamos fundar a SOCIEDADE DOS MÉDIUNS.

O Chico sorri e nada responde...

Lembrando-se, conosco, deste caso, pondera-nos...

- Vivo assim e sempre hei de viver, enquanto estiver aqui, vivendo a minha prova. E ainda assim me criticam, achando-me rico, com dinheiro nos bancos. .. Imagine se vivesse diferentemente, o que não diriam... Depois, reportando-se ao passado, conta-nos:

Tempos atrás, passou momentos críticos. Um infeliz irmão, dado ao vício de tirar coisas alheias, entrou no seu quarto, e, na sua ausên­cia, levou-lhe o único terno, que possuía de reserva.

Ficou aflito mas não desesperado. Seus irmãos, sabendo do acontecido, reagiram.

Combinaram uma armadilha para pegar o viciado, certos de que ele voltaria, tanta facilidade encontrou para agir...

E fizeram uma trouxa de roupas usadas e a colocaram à janela de seu quarto, bem à vista. Traduzindo-lhe as intenções, ofereceu-lhes o Chico para ficar de guarda. Aceitaram. E por algumas noites, vigiou. Quando menos esperava, alta hora da noite, vê alguém entrar no seu quintal, dirigir-se à sua janela, pegar na trouxa e levá-la.

Deixou passar alguns minutos e, depois, deu o alarme.

Levantaram-se os familiares apressadamente, inteiraram-se do ROUBO, e deram uma busca. Tudo em vão. Não encontraram o ladrão.

- Mas, Chico, como deixou o ladrão fugir, advertiu-lhe um dos irmãos.

- Estava cansado e dormi. Quando acordei já a trouxa não estava na janela, respondeu-lhe.

Mas, todos, ficaram contrafeitos, achando que, diante do acontecido, não deviam ter dó do Chico; que, por castigo, deveriam deixar que ele andasse só com um terno, até que, de sujo, se apodrecesse no seu corpo.

O caso morreu. Uma tarde, vinha o Chico na sua charrete, de volta da Fazenda, quando alguém fê-lo parar e lhe implora:

- Irmão Chico, pare, desejo lhe pedir perdão.

- Perdão de quê, meu irmão.

-Fui eu quem lhe roubou as roupas...

E, quando fui verificá-las, encontrei seu bilhete, que me tocou o coração, pois que me dizia:

VÁ COM DEUS! E até hoje sinto que estou com Deus e Deus está comigo e não posso roubar mais.

O Chico abraçou-o comovido, perdoou-lhe a falta e, satisfeito por vê-lo reformado, tornou a dizer-lhe:

- VÁ COM DEUS, meu Irmão!


 


Muita Paz

Gilberto Adamatti

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