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A Igreja drogada

A Igreja drogada

O vício é um mal que acompanha a humanidade desde a queda. Por causa da maldade, as estruturas cerebrais que compõem o sistema de satisfação são mal utilizadas e passam a determinar o comportamento das pessoas no sexo, na violência ou no abuso de drogas. O desprezo que uma sociedade indulgente dá ao autocontrole e o desregramento da imoralidade complementam esse cenário tenebroso. Entregue ao vício, as pessoas se tornam fracas, dependentes, incapazes, sem consciência, indecentes, destrutivas e autodestrutivas. O problema é maior quando esse mal atinge a própria Igreja que deveria combatê-lo.
 
A recente manifestação de um grupo de pastores em defesa da descriminalização das drogas é o que se poderia esperar dos viciados. Sob o pretexto de uma particular e equivocada interpretação de bondade, justiça e verdade, o grupo quer impedir o enfrentamento dos crimes relacionados ao consumo de drogas. A libertação de uma pessoa dominada pelas drogas é coisa difícil, mas as drogas que dominam os signatários do manifesto são conhecidas:
 
Antropocentrismo: O grupo cita a reconciliação que Deus promoveu como se ela dependesse do valor do homem. Ignora que o altíssimo preço da punição foi pago pelo próprio Deus na condição intransigível do arrependimento, isto é, da mudança profunda e permanente do ser humano. Insatisfeita essa condição, permanece a normalidade da condenação e do inferno. Deus é o centro; é ele, não o homem, que precisa ser satisfeito, e sabemos que o uso de drogas não o satisfaz.
 
Humanismo: A ótica humanista na interpretação das Escrituras tem produzido absurdos como esse, em que o religioso defenda algo que Deus abomina. Finalmente o que se vê é a Bíblia sendo usada como elemento decorativo para posições tomadas à parte dela. Biblicamente a justiça deve ser estabelecida para que haja misericórdia, mas o liberalismo induz a uma misericórdia sem que a justiça, anulando uma e outra.
 
Temporalidade: Falta a dimensão da eternidade aos ditos pastores. Juntos com os que caminham para o inferno, fixam-se na leve e momentânea tribulação, insensíveis ao tormento eterno do qual não encontrarão guarida “os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.” (Ap 22:15). Eis o retrato dos viciados e também dos embriagados pelos vapores do pensamento humano, esses que não se lembram das coisas espirituais.
 
Materialismo: A indecente promiscuidade de tais pessoas com o mundanismo faz com que ignorem a dimensão espiritual. Desesperados para eliminarem a diferença bíblica entre o visível e o invisível, entre o santo e o profano, tornaram-se somente profanos, inaceitáveis ao Deus Santo. Desistentes da santidade a que todos fomos chamados, querem impor sua miserável humanidade ao Deus que se degradou à condição humana para nos elevar à divindade como parte de si mesmo.
 
O consumo de drogas é uma obra da carne e “Aqueles que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus.” Gl 5:21. O consumo de drogas, antes de ser crime, é pecado e um verdadeiro ministro do Evangelho trabalhará para que as pessoas se submetam ao Domínio de Deus e vivam a nova vida. A incompetência dos serviços públicos, as falhas na aplicação de leis, a quantidade de consumidores de drogas – nenhuma dessas coisas justifica que se arbitre contra a santidade.
 
Ninguém se salvará se ignorarmos o crime, se chamarmos de justiça àquilo que Deus chamou de pecado. Nem o camelo e nem o mosquito admitiremos no Vinho Novo que nos livrou da escravidão das drogas. Rogo à Igreja Brasileira que repudie tal manifesto apócrifo e apóstata e se afastem dos que andam desordenadamente. Rogo aos líderes dos homens que assinaram tal documento que os exortem ao arrependimento. Rogo aos crentes que insistam na missão bíblica de pregar o Evangelho para a libertação de todo viciado que crer. Santo é o Senhor.

 

Pr. José Bernardo - Presidente da AMME Evangelizar

Publicado no site WWW.vinacc.org.br

 

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