O ano de 2014, que foi inovador em matéria de manifestações populares, serviu também para mostrar que há muitos brasileiros que aceitariam de bom grado um governo de transição administrado por militares. Segundo essa parcela da sociedade, que parece ser muito grande, o governo do PT na verdade não é democrático - é hipócrita - vive sob um habilidoso disfarce e pretende implantar o socialismo no Brasil. Grupos ligados a partidos de esquerda chegam ao absurdo de içar bandeiras de Cuba em monumentos nacionais e há constantes demonstrações oficiais de apreço por "realizações" de Fidel e Hugo Chaves, o que é interpretado pelos defensores da "intervenção militar" como sinais claros de uma posição a favor do comunismo, contra a liberdade e propriedade privada.
Sites militares recebem vários e-mails direcionados às Forças armadas solicitando uma intervenção, eis alguns:
"Gostaria, portanto, de dizer-lhes que não só eu, como tantos outros milhares de cidadãos brasileiros depositam nas instituições militares a preciosa esperança de podermos ter de volta a nossa pátria, livre das injunções externas do regime castrista e seus regimes satélites bolivarianos. Por isso mesmo, além de manifestar meu irrestrito apoio, quero me colocar à disposição dos senhores para QUALQUER coisa, qualquer enfrentamento, inclusive físico"
"Eu espero que as FAA, militares, acordem antes que o Brasil seja destruído!"
"temos uma enorme divida com as forças armadas,que não deixaram que o nosso pais não se transforma-se em uma cuba, viva a revolução,viva os homens de honra e corajem que tiraram o Brasil das mãos dos comunistas, continuemos a lutar por que a guerra ainda não terminou. QUE A ATITUDE DOS MILITARES DO EGITO SIRVA DE EXEMPLO.O BRASIL NÃO PODE CONTINUAR NESSA BADERNA......"
Nas redes sociais existem várias páginas onde milhares de pessoas que defendem a intervenção tentam se organizar e se reúnem virtualmente. Ali postam seus comentários, divulgam as principais notícias sobre o assunto e marcam reuniões em locais conhecidos. Na revista online Sociedade Militar observa-se que a maioria dos comentários direcionados aos militares é no sentido de que intervenham rápido e "salvem o Brasil". Nas próprias manifestações ocorridas em junho percebeu-se vários cartazes pedindo uma intervenção militar e grupos chegaram a se reunir para se manifestar de maneira clara pedindo isso, algumas reuniões ocorreram no MASP e em frente à Candelária (RJ). No facebook encontra-se grandes comunidades em apologia ao "golpe militar", entre vários, citamos: Intervenção Militar Já,Golpe Militar 2014, , Militares no poder já. Juntas, essas comunidades são capazes de em um só dia alcançar com suas postagens, em efeito viral, mais de 5 milhões de pessoas. Esse é um número que, se estrategicamente aproveitado, é capaz de colocar rapidamente muita gente para pensar. Algumas das postagens observadas são realmente de esclarecimento e denúncia e têm propagação rápida na grande rede.
Dados de uma pesquisa divulgada aqui provam que geralmente subestima-se o alcance das postagens nas redes sociais, e mostram que uma comunidade no Facebook com apenas 1500 componentes pode facilmente, em uma única postagem, alcançar em apenas 24 horas mais de 1 milhão de visualizações. Em tese, hoje bastaria um bom escritor - e um bom texto realmente fundamentado - para que qualquer governo seja colocado em cheque. E as instituições esquerdistas, compostas de admiradores de Che Guevara e Fidel, sabem muito bem dessa possibilidade, por isso têm demonstrado medo das redes sociais. Há alguns anos, mesmo sem a internet, a sociedade brasileira conseguiu se unir, com a ajuda de grandes meios de comunicação, e junto com as forças armadas, adiou os planos da esquerda por várias décadas.








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