Eu havia me proposto a não fazer comentários sobre as manifestações populares que estão ocorrendo em várias partes do país, mas um fato ocorrido ontem à noite me faz dizer algo a respeito.
Quando estava estacionando o meu carro na garagem de casa, fui surpreendido por três assaltantes armados com pistolas, que me renderam e entraram comigo em casa. Minha mulher, meu filho e eu fomos levados para o banheiro social sob a mira de um deles, enquanto os outros dois recolhiam vários pertences e os colocavam no meu carro, que, finalmente, foi levado também.
Exceto o susto e o sentimento de impotência diante das armas, não sofremos qualquer violência física nem fomos ameaçados verbalmente. Pelo contrário, quando eu disse a eles que sou um bispo, um religioso, um deles respondeu: "Fica em paz, eu também já fui de uma igreja evangélica, não vai acontecer nada com vocês". Até algo que estava sobre a minha mesa de trabalho foi deixado de lado quando eles viram que aquilo pertencia à igreja.
Por mercê de Deus, menos de dez minutos depois uma viatura policial já estava em frente à minha casa registrando a ocorrência. Enquanto o policial anotava meus dados, chegou uma mensagem pelo rádio informando que o carro havia sido localizado em uma rua ali perto. Os meliantes(*) haviam entrado em outra casa quando, foram surpreendidos por uma viatura que fazia a ronda no local. Eles lograram se evadir do local(*), mas o carro ficou – com quase todo o produto do roubo dentro. Assim, recuperei o que havia sido levado, exceto três celulares, um tablet, duas correntinhas de ouro, as alianças de casamento e algum dinheiro.
Mas, afinal, o que isto tem a ver com as manifestações das ruas?
É que fiquei pensando em como os ladrões respeitaram o que era da igreja; ou seja, demonstraram um temor pelas coisas de Deus, ainda que deformado pelo ato que estavam praticando. Imaginei que se eles fossem cristãos consagrados a Deus, com toda certeza não estariam no crime. Por isso, comentei com um dos policiais que este fato avivava em mim o desejo de continuar pregando o Evangelho, pois só através dele é que os homens podem ser transformados e úteis ao seu próximo.
Pois bem. Tenho visto um monte de crente, pastores inclusive, manifestando-se sobre as manifestações das ruas (desculpe o trocadilho), incentivando mudanças políticas e de políticos, como se implantar a democracia ou o socialismo, ou qualquer outro "ismo" fosse a solução para o Brasil. E então pensei mais e pergunto a você que me lê:
Sabe qual é a diferença entre os caras que me assaltaram e os políticos que nos assaltam o tempo todo, "institucionalmente"? Apenas a posição social que ocupam. Sabe qual é a semelhança entre eles? Uns e outros não conhecem a Deus e, portanto, não o temem.
Desta forma, lamento que tantos cristãos estejam tão envolvidos em buscar mudanças sociais através da política, dos partidos políticos, das ideologias. Se, ao invés disso, conseguíssemos pregar o Evangelho a tal ponto que a maioria dos cidadãos brasileiros se tornasse verdadeiramente cristã, grande parte das injustiças que predominam em nossa sociedade seriam sanadas imediatamente.
Assim como aqueles assaltantes respeitaram o que era "da igreja" na minha casa, os nossos políticos agiriam com o mesmo temor de Deus e, pode acreditar, meu caro, tudo seria diferente. Um fato que também me leva a ter certeza disto é o que aconteceu comigo quando me converti ao Senhor, há quarenta anos. Eu sei quem era antes e quem sou agora, depois que a Graça me alcançou.
Por isso posso dizer com o apóstolo, com toda a segurança: "… a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus" (1 Co 1.18). É esse poder que precisamos levar aos ladrões, sejam eles favelados semi-analfabetos ou doutores travestidos de deputados e senadores. Aí, sim, o Brasil terá jeito, como rezamos na eucaristia: "… e que trabalhemos para a transformação dos reinos deste mundo no Reino de nosso Senhor"(**). Deus seja louvado!
+Bispo José Moreno
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(*) meliantes e se evadir – linguagem "policial" 
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Wanderley Pinheiro de Almeida - Missionário de Jesus Cristo
Pastor e Capelão Evangélico - Coordenador do Projeto Boas Novas
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Ministério cristão interdenominacional cujo propósito é anunciar o evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo ao maior número possível de pessoas nesta geração, com o objetivo de levá-las a fé pessoal no Deus Vivo, em obediência amorosa ao mandamento expresso na grande Comissão (Marcos 16:15 e Mateus 28:18-20).








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