O agOra é santO

e em todos os campos que a nossa percepção possa vislumbrar, no campo profissional,

amoroso, financeiro, na forma física, e tudo a mais que acreditamos que ao

concretizarmos como objetivo, finalmente nos sentiremos plenos.

O que significa essa plenitude mais profundamente ? Significa nos sentirmos

na paz, da felicidade, e sem ansiedade, entretanto, os que já experienciaram esse

processo, perceberam sabiamente que é uma ilusão essa busca frenética.

Concretizamos novos objetivos com aumento da renda, novo apartamento,
novo relacionamento, criamos filhos, editamos livros e...???..., temos uma

sensação inicial de bem estar, mas é passageira. Logo vem novamente a

faminta ansiedade, e então vamos buscar mais coisas, em realizações, para

que finalmente possamos nos sentir completos, mas o tempo não dá mais tempo...

Quando vivemos dessa forma, a felicidade, na paz interior, estará sempre no
futuro. O agora, que é a única realidade que existe, tem apenas breves
momentos de arbítrio. Depositamos as expectativas no futuro, que não existe,
e deixamos de viver em paz, os inúmeros instantes santos do agora disponível.

Como assim,,,o futuro não existe ? Alguém pode questionar isso.
O futuro existe apenas nas formas de pensamentos que geramos.
É apenas uma imagem mental, ou um punhado de pensamentos.
Já conseguimos chegar no futuro ? Nunca. Toda a vez que ele
chega, ele é vivido no agora, que é a única realidade que existe.

Alguns demoram a perceber que viver dessa forma serve apenas para
alimentar a ansiedade. O ego/medo vive dessa maneira, sempre no futuro,

ou relembrando o passado, mas sempre fugindo do agora. Quando ficamos

em paz no agora, presente, os nossos objetivos se concretizam com muito

mais facilidade, mas o ardiloso ego inverte a ordem das coisas, e sempre

nos apresenta a idéia de que os objetivos de futuro é que podem trazer a paz.

Podemos decidir que a paz interior é o que há de mais importante para a nossa

vida. Podemos afirmar isso dessa forma convicta: "Me sentir em paz é o que

mais importa pra mim, eu escolho sempre pela minha paz interior". Repetindo

essa frase em mente, muitas, e muitas vezes, até que essa idéia se torne parte

do nosso respirar, se refletindo em nossos pensamentos, e por conseguinte, em

nossas ações.

Se a paz interior é o mais importante para a nossa vida, iremos escolher
viver no agora, pois viver em função do futuro, e ficar em paz, é incompatível.

Podemos fazer um planejamento para atingir um objetivo. Podemos pensar
no futuro para simular algo, mas assim que terminar a simulação, voltemos ao

agora do presente. Gradualmente viveremos na ordem natural das coisas,
viver no agora a maior parte do tempo, e fazer breves visitas ao futuro

simulando algum planejamento, mas na certeza que o nosso instante é agora.

Ficar em paz é aceitar cada momento que surge do jeito que ele é. 　
Indubitavelmente, muitos momentos se apresentarão de uma forma que
não nos agrada. Observemos a nossa reação ! Sentimos a contrariedade tomar
conta de nós ? Lembremos sempre dessa afirmação: "Me sentir em paz
é o que mais importa, eu escolho a paz interior". Você pode ainda completar:
"Eu escolho a aceitação", pois aceito esse momento como ele se apresenta.

Não vamos confundir aceitação com conformismo, com inoperância, ou com

falta de atitude. Se é possível fazer algo para mudar a situação para melhor,
façamos. Mas vamos nos decidir por sentir em paz primeiro, e depois fazer.

Agindo nessa sintonia, nossas ações serão muito mais eficazes. Não vamos

condicionar o nosso bem estar com a resolução da situação, pois caso não seja

possível fazer alguma coisa para mudar, apenas aceite, e incondicionalmente.

Aceitar significa não criar uma resistência interior àquilo que já fora consumado,

pois brigar com aquilo que já fora consumado, vem a ser a nossa arrogância mental,

oriunda do ego que sempre duvida de tudo, no seu propósito de ''vida morta''.

A mente egóica irá tentar convencer-nos a brigar mentalmente com as situações,
para obstruir a nossa serenidade. Fiquemos atento, observemos, e não vamos

dar poder a esses insanos pensamentos. O exercício das afirmações de paz irão

nos ajudar a retirar os obstáculos que nós mesmos inserimos contra nós, e nos

ajudarão em nosso firme propósito de ''vida Viva''.

Tenhamos muita paciência conosco, e através do outro. Viver no agora, e praticar

a aceitação exige treino mental. A mente vem sendo programada através de

gerações em gerações, a funcionar dessa maneira. O impulso da nossa não aceitação,

e de vivermos em função do futuro será muito forte no início, mas gradativamente,

com persistência, e muita paciência, o padrão mental vai mudando, e por nossa experiência

nissO, vale muito insistir na dieta mental do agOra, nos instantes da nossa santidade.

Reclamar de qualquer coisa, não adianta em nada, e do que quer que seja:

marido, esposa, filho, nanorado, parente, vizinho, funcionário, trabalho, amigo,

engarrafamento, fila de alguma coisa, rendimento, de você mesmo, do

seu corpo, etc...A reclamação é a manifestação mais clara da nossa não

aceitação, e que serve ao propósito de tirar a nossa paz e, que do ponto

de vista imediato não altera em nada a situação, e ainda nos faz sentir mal.

Parar de reclamar, não significa ficar alheio, ou deixar de reconhecer o mau
funcionamento de alguma coisa, através de atitudes erradas de alguém,

ou de nós mesmos. Continuamos vendo tudo, mas sem gerarmos uma

desarmonia interior, o que apenas nos prejudica. Podemos ainda tomar atitudes,

caso estejam ao nosso alcance, mas sempre lembrando que ficar em paz é o

nosso maior e, primeiro objetivo.

Tornando-se um observador de si mesmo, vigiando os nossos pensamentos,

observaremos que a nossa própria mente, fica de maneira inusitada tentando

a todo instante retirar a nossa paz, e que é nossa por direito. Isso é apenas

um velho condicionamento mental coletivo, pois de repente nos pegamos

relembrando uma situação do passado, e pensando: "eu deveria ter feito

isso, ou aquilo", "foi muito desrespeito de fulano", "quem ele pensa que é''

Às vezes surgem lembranças de situações desagradáveis do passado que
alimentamos de forma automática, com pensados comentários, e outras
vezes surgem discussões mentais que nem aconteceram, mas imaginamos

como seriam, e o que deveriamos dizer, e com certas coisas que o outro

nem disse, mas que estamos supondo que ele possa ter pensado.

Mais uma, de tantas vezes, ao nos darmos conta desses pensamentos, tenhamos

a fé, na paciência conosco, e vamos exercitar a mente em não dar valor para

tal loucura. As pensadas frases de retorno a paz interior nos ajudarão numa nOva'mente',

e por isso, precisamos dessa AJUDA, para sairmos da mente que mente ser tempo:

Deus é Amor, não é medo,,,Deus é Amor, não é medo,,,Deus é Amor, não é medo.

Pratiquemos o perdão com AJUDA daquELE que perdoa 'DES'fazendo o único erro, mas
que jamais perdoa fazendo acordos de perdão temporário.

                                                                               ('DES' = Divino Espírito Santo)