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[MarcelllãO - MSB] LITURGIA DA PALAVRA 5. DOMINGO DA QUARESMA - A


      É de aconselhar que se leia primeiro toda a Liturgia da Palavra.

             5º DOMINGO DA QUARESMA

                     ANO  A  !

                                                (10 de Abril de 2011)

          A Liturgia da Palavra deste 5º Domingo da Quaresma – A, ao aproximar-se a Páscoa já nos revela que Cristo é a Ressurreição para a nossa vida.

            O homem do nosso tempo está possuído pela ânsia de viver; está dominado pelo desejo de apanhar a vida com as duas mãos, para dela extrair toda a sua riqueza e felicidade terrena.

            Contudo, a cada momento, nós verificamos que a vida que nos foi dada, nos escapa, apesar de todos os nossos esforços e de todos os progressos da ciência, da técnica e da medicina.

            Quer queiramos, quer não, a vida, desde o seu começo, está marcada pela morte e pelos sucessivos fracassos, que se vão sucedendo, bem contra a nossa vontade.

            Este anseio da vida que atormenta o homem não pode ficar sem uma resposta.

            Aquele que foi baptizado, o «homem novo», sabe que isso não acontecerá.

            Na verdade, o cristão sabe que, com a Fé e o Baptismo, entrou a fazer parte duma nova família, duma nova humanidade, em que forma um só com Cristo, tão íntima e profundamente unido a Ele, que tudo quanto se cumpriu no Salvador, se realizará também nele.

            E assim como a morte de Cristo foi seguida da Sua Ressurreição, o mesmo acontecerá com o baptizado.

            Deste modo, aquele que crê em Cristo sabe que a vida material desaparecerá, um dia, mas será para dar lugar a uma vida superior, como a infância morre para dar lugar à adolescência e esta desaparece, por sua vez, para dar lugar ao homem adulto.

            Esta consoladora certeza deve transfigurar a nossa vida e levar-nos a vencer, na esperança, as provações e contradições do tempo presente.

            A 1ª leitura é do Livro do profeta Ezequiel e diz-nos que o nosso Deus não é um «Deus de mortos, mas de vivos».

            A Sua Palavra tem eficácia para, de uns «restos» de povo, dispersos pela Babilónia como ossos ressequidos, tirar um Povo, cheio de vida,  com o qual estabelecerá novas relações de amor. 

             - "Haveis de reconhecer que sou o Senhor, quando eu abrir os vossos túmulos e deles vos fizer ressuscitar, Meu Povo".(1ª leitura).

              Essa obra maravilhosa, que será  realizada pelo mesmo Espírito que pairava sobre as águas(Gn.1,2), deixa-nos ver o que será a nova criação, pela qual Jesus, com a infusão do Espírito Santo, depois de nos ressuscitar, nos integrará no Seu Povo, vivificado pela graça e destinado à glória.

            É junto d'Ele que abundará a redenção, como proclama o Salmo Responsorial :

             - "Junto do Senhor, a misericórdia ! Junto do Senhor a abundância da Redenção" !

             Na 2ª Leitura, S. Paulo diz aos Romanos e hoje também a todos nós, que os que vivem segundo a carne,  isto é, aqueles que orientam a sua vida apenas pelos apetites naturais, sem que nela haja lugar para Deus, estão destinados à morte.

            Mas aqueles que foram justificados, embora continuem mortais, são destinados à glória da Ressurreição, pois têm em si, desde o Baptismo um princípio de vida, que é o Espírito Santo.

             - "E, se habita em vós o Espírito d'Aquele que ressuscitou Jesus dos mortos, esse Deus(...) também dará a vida aos vossos corpos mortais, por meio do Seu Espírito, que habita em vós".(2ª Leitura).

             Espírito santificante e vivificador, que ressuscitou Jesus, não só animará a nossa alma com uma «vida nova», ligada à justificação, como transformará também o nosso corpo mortal em corpo ressuscitado.

            O Evangelho é de S. João e diz-nos que a ressurreição de Lázaro, amigo de Jesus, é o último dos «sinais», que Ele realiza para mostrar a Sua Divindade, antes do último «sinal», que é a Sua Ressurreição.

             - «Lázaro morreu; e Eu, por vossa causa, estou contente de lá não ter estado, para que vós acrediteis(...), falei assim por causa da multidão que nos cerca, para acreditarem que Tu Me enviaste». (Evangelho).

             Mostrando supremo domínio sobre a morte, diante do túmulo de Lázaro, Jesus manifesta-Se também como o princípio e a causa da ressurreição de todos aqueles que, pela fé e pelo Baptismo, aderirem a  Ele.

            Há uma ligação tão real quanto misteriosa entre o pecado e a morte, que, a cada nova etapa da revelação bíblica se mostra mais claramente.

            Pelo pecado de Adão a morte reina sobre a humanidade : só o sacrifício de amor e obediência de Cristo vem libertar da morte.

            Ele, "morto na carne, é restituído à vida no espírito"; e com o seu corpo glorificado inaugura a nova condição da criatura, que participa da plenitude da vida de Deus.

            A ressurreição de Lázaro é um sinal, legível a vários níveis.

            É a celebração do nosso Baptismo.

            No dia do Baptismo a Igreja dirige ao catecúmeno como faz com o cristão que caiu no pecado : "Lázaro, vem para fora"; Cristo e a Igreja dizem : "Tirai-lhe as faixas e deixai-o ir"; as faixas do pecado caem à voz da Igreja que ora com Cristo diante do homem pecador(Lázaro), e a sua oração, restitui-lhe a vida, megulhando-o nas águas baptismais.

            A ressurreição de Lázaro é tambem o sinal da realização da nova criatura e da nova aliança prometida por Ezequiel : Jesus estremece diante da primeira criação caída na desordem, na morte e na dissolução; a sua paixão, a sua morte e a sua ressurreição por obra do Espírito, da qual a de Lázaro é o anúncio,  o proclamará  "senhor de toda a carne" e senhor da morte e da vida.

            A participação no seu mistério pascal, pelo Baptismo, torna-se assim a participação na nova criação, pelo Espírito.

            A leitura pascal do Evangelho de hoje é profética e actual para nós que, misticamente, renascemos no Espírito de Cristo e somos, por isso,  chamados a viver segundo o Espírito  uma existência nova, mortos para o pecado e vivos para Deus.

            A humanidade, que sempre teve a intuição de que a morte não podia ser a última palavra, sabe agora que a maravilhosa aventura da vida tem um sentido, para além deste mundo, se for vivida segundo as exigências do plano da História da Salvação.

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            Diz o Catecismo da Igreja Católica :

             992. – A ressurreição dos motos foi revelada progressivamente por Deus ao seu povo.  A esperança na ressurreição corporal dos mortos impõe-se como consequência intrínseca da fé num Deus criador do homem total, alma e corpo. O Criador do Céu e da Terra é também Aquele que mantém a sua aliança com Abraão e a sua descendência. É nesta dupla perspectiva que começará a exprimir-se a fé na ressurreição. Nas suas provações, os mártires  Macabeus confessam : - O rei do Universo ressuscitar-nos-á para uma vida eterna, a nós que morremos pelas suas leis(2 Mac.7,9). É preferível morrermos às mãos dos homens e termos a esperança em Deus de que havemos de ser ressuscitados por Ele.(2 Mac.7,14).

 

                                          

                                                                                      John Nascimento

         

 

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