Um levantamento do Congresso em Foco revela que de cada dez deputados do Nordeste, seis têm parentes na política. Na lista dos dez Estados em que parlamentares com parentesco com outras figuras do mundo da política são mais frequentes, seis são do Nordeste. No topo desse ranking estão a Paraíba, o Rio Grande do Norte e Alagoas. No Rio Grande do Norte, mais da metade da bancada pertence atrês grupos familiares: os Alves, os Maia e os Rosado.
O historiador José Octávio de Arruda Mello, professor aposentado da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), diz que o fenômeno é a continuidade do coronelismo, sob nova roupagem.
| "Não tem mais o bico de pena, do voto de cabresto, mas tem o sistema de aliança, que é mais fluido. As alianças vão desde a base até em cima. É urbano. O coronel tradicional tinha cartucheira atravessada no peito. O neocoronel é um homem de cidade. São bacharéis, pessoas ilustradas, mas que sabem onde está o peso da máquina, onde está a força do poder. Eles costumam penetrar nas universidades. É um coronelismo ilustrado, mas é um coronelismo", considera. |






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