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NOVOS SERMÕES, ESTUDOS BIBLICOS, APOSTILAS, E CDS PARA SEU CRESCIMENTO PESSOAL

ESTUDO BIBLICO–TEMA: O QUE DIZ A BÍBLIA SOBRE A CONSULTA AOS MORTOS?

Este estudo Bíblico foi ministrado pelo Pr Josias Moura em sua igreja no culto de doutrina da Igreja Betel Brasileiro Geisel

O que diz a Bíblia sobre a consulta aos mortos? Ela apóia ou proíbe?

Há muito interesse neste assunto. Milhares de pessoas acreditam que podem consultar os mortos. Por causa disso procuram sessões espíritas. Mas, a Bíblia tem uma opinião muito diferente com relação a este assunto.

Na verdade as pessoas que vão consultar mortos, passam a ter contato com demônios, ou espíritos enganadores.

O que diz a bíblia no antigo testamento sobre a consulta aos mortos?

· "Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti. Perfeito serás para com o Senhor teu Deus. Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém, quanto a ti, o Senhor teu Deus não te permitiu tal coisa" (Deuteronômio 18:9-14).

Na prática Das consultas aos mortos, sempre houve embuste, mistificação, mentira, farsa, comercialização de cartas do além e manifestação de demônios.

É o que acontece nas sessões, onde espíritos demoníacos, espíritos enganadores se manifestam, identificando-se com os nomes de pessoas amadas que já faleceram (leia Lucas 16:19-31). Alguns desses espíritos têm aparecido, identificando-se com os nomes de grandes homens, ministrando ensinos e até apresentando projetos éticos e humanitários, que terminam sempre em destroços.

É o caso do engenheiro que se passava pelo Dr. Fritze (a fraude terminou no ano de 1999). Aquele cidadão enganou a milhares, deixou gente gravemente enferma e até há denúncias de casos de mortes. São espíritos que se prestam a serviço do pai da mentira (João 8:44), Satanás.

· O povo de Deus, porém, possui a inigualável revelação de Deus pela qual disciplina a sua vida: "Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? Acaso a favor dos vivos consultará os mortos?" (Isaías 8:19).

O Estado dos Mortos

O testemunho geral das Escrituras é que os mortos, devido ao estado em que se encontram, não têm parte em nada do que se faz e acontece na terra. Veja, por exemplo, o que disseram grandes figuras da Bíblia:

  • 1) – Salomão: -"Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos… Não têm eles parte em cousa alguma do que se faz debaixo do sol". (Eclesiastes 9:5,6).
  • 2) – Davi: -"Mostrarás tu maravilhas aos mortos? ou levantam-se os mortos para te louvar? Será anunciada a tua benignidade na sepultura, ou a tua fidelidade no Abadom (abismo)? Serão conhecidas nas trevas as tuas maravilhas, e a tua justiça na terra do esquecimento? (Salmos 88:10-12).
  • 3) – Ezequias –"Pois não pode louvar-te o Seol, nem a morte cantar-te os louvores; os que descem para a cova não podem esperar na tua verdade. O vivente, o vivente é que te louva, como eu hoje faço; o pai aos filhos faz notória a tua verdade" (Isaías 38:18-19).
  • 4) Jó -"Tal como a nuvem se desfaz e some, aquele que desce à sepultura nunca tornará a subir. Nunca mais tornará à sua casa, nem o seu lugar o conhecerá mais (Jó 7:9-10).
  • 5) Na história do rico e Lázaro. Texto bíblico: " 24 Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. 25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos. 26 E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós. 27 Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna, 28 porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento. 29 Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. 30 Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. 31 Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos." (Lucas 16:24-31 RA)
  • A história do rico e do Lázaro mostra a impossibilidade de se sair do lugar dos mortos, pois o rico, que fora ímpio em vida, queria alertar os seus parentes vivos para que não praticassem as mesmas ações dele e, por conseqüência, acabassem no mesmo lugar que ele – o inferno, mas foi a ele negado.
  • Observamos na parábola de Lazaro e o rico que este pede para que Lázaro retorne a terra. Porem, esta possibilidade é descartada.

Os citados textos mostram, sim, que o homem após a morte, na sepultura, jamais poderá voltar a viver a vida de antes, e que na sepultura nada poderá fazer por si mesmo e muito menos pelos vivos.

E no Caso de Saul, que consultou um Medium, houve comunicação com mortos? (I Samuel 28)

Não creio que Saul falou com o Samuel que já estava morto, mas com um espírito enganador. Temos os seguintes argumentos:

  • Deus não havia respondido a Saul nem por sonhos, nem por profecia, nem por Urim e nem por Turim, porque então iria mudar de idéia. V.6,7
  • Todas as palavras e revelações dadas a Saul foram através da boca da médium. O que garante que ela estava dizendo a verdade? V.12,13,14
  • Quanto profecia ela não se cumpriu como fora dita pela médium:
  • Essa profecia não se cumpriu na íntegra, conforme passaremos a observar: Saul não foi entregue nas mãos dos filisteus; ele se suicidou (1 Samuel 31:4) e seu corpo foi recolhido do campo de batalha pelos moradores de Jabes-Gileade (1 Samuel 31:11-13).
  • Também não morreram todos os filhos de Saul – este tinha seis filhos e três deles sobreviveram. Morreram na batalha Jônatas, Abinadabe e Malquisua (2 Samuel 31:8-10; 21:8). Esses fatos tornam essa profecia uma flagrante contradição com o testemunho divino a respeito de Samuel, pois está escrito que "o Senhor era com ele, e nenhuma das sua palavras deixou cair em terra" (1 Samuel 3:19).
  • O suposto Samuel disse a Saul, "… amanhã tu e teus fihos estareis comigo" (1 Samuel 28.19). Saul ao morrer, não foi para o mesmo lugar onde estava o verdadeiro Samuel, pois este se encontrava no paraíso no Sheol, conforme prometido por Deus em sua Palavra àqueles que o temem (conforme Lucas 16:19-31). Sobre o rei Saul, entretanto, foi pronunciado o juízo divino: na Bíblia encontra-se explicitada a causa de sua morte.
  • Saul não morreu por causa da previsão do espírito enganador, mas por causa do seu pecado contra Deus. "Assim morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante". 1 Crônicas 10.13

Em relação ao caso de Saul, admitir-se que o profeta Samuel apareceu naquela sessão espírita e conversou com o rei Saul é negar a moral de Deus. Se o Espírito do Senhor se afastara do rei Saul, se Deus não lhe respondera mais, ou seja, Deus não lhe respondia pelos meios legais, e se o profeta Samuel nunca mais o procurou até o dia em que faleceu, (1 Samuel 15:35), será que o nosso Deus permitiria que Samuel falasse com Saul numa sessão espírita proibida por Ele, e através de "mãe de santo", uma "médium"?

A desobediência sempre traz o juízo divino. A consulta aos mortos é proibida por Deus (Dt. 18. 9-12) e qualquer tentativa de se estabelecer contato com eles é desobediência aos preceitos de Deus, e suas trágicas conseqüências não se farão esperar.

Isaías nos adverte:

"Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os advinhos, que chilreiam e murmuram, acaso não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva!" (Isaías 8:19,20)

Conclusão

Aprendemos que os anjos servem a Deus e ao seu povo. Eles não são maiores do que nós, pois nós haveremos de julgá-los um dia. Em 1 Coríntios 6:3 Paulo diz: "Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida!"

Nós somos o centro da criação de Deus. Somos o alvo maior do plano de Deus.

Quando aos demônios, estes se submetem ao plano e vontade de Deus. Os demônios se submetem ao nome de Jesus, e podemos a clamar pelo socorro de Deus por meio do nome de Jesus. Então, não temamos a ação do maligno. O poder maligno não resiste ao nome de Jesus.

Pr Josias Moura de Menezes

NOVOS CDS PARA ESTUDOS EM VÁRIAS ÁREAS DA VIDA CRISTA. CD 008–MISSÕES E EVANGELISMO

PROPAGANDA DOS CDS PR JOSIAS MOURA

O QUE É POS MODERNISMO?

TEXTO DISCUTIDO NO CURSO DE HISTORIA DA FILOSOFIA, MINISTRADO PELO PR JOSIAS MOURA NO STEC – SEMINARIO TEOLOGICO CONGREGACIONAL

1. Uma grande frustração: os avanços em várias áreas foram insuficientes para produzir um mundo edênico.

O otimismo da era moderna, sua confiança em que a ciência, a tecnologia e o progresso, impulsionados por um ser humano autônomo, sob o reinado soberano da Razão, produziriam um mundo edênico, isso decepci­onou a todos. A primeira guerra mundial deu um golpe mortal no projeto moderno. Stalin na Rússia e Hitler na Alemanha deram os últimos toques em seu sepultamento. Filósofos e escritores como Derrida, Camus, Sartre e Rorty, entre outros, deram o seu atestado de óbito, enquanto que artistas, arquitetos e sociólogos começaram a entronizar o seu sucessor.

O projeto moderno de estabelecer uma cultura global, com uma base objetiva e racional para toda ação humana, sem o impedimento da religião ou de qualquer outro ponto de vista "subjetivo", não científico, de­monstrou ser tão somente um ideal inalcançável e insatisfatório.

2. Os avanços científicos na compreensão do cosmos foram insuficientes para estabelecer a paz mundial

A esperança de que "através da razão os seres hu­manos poderiam entender o cosmos, estabelecer a paz social e melhorar a nossa condição"2 converteu-se num pesadelo revelador de que o progresso nos escapou das mãos e, no seu progresso, vai deixando uma seqüela de problemas ainda maiores do que os que pretendia re­solver.

"Nos últimos cinqüenta anos, a nossa capacidade produtiva e a nossa experiência desenvolveram-se astronomicamente, mas a rigidez de nossos problemas aumenta proporcionalmente."3

3. A confiança na ciência e tecnologia não foram suficientes para gerar otimismo

Até mesmo a confiança de que a ciência e a tecnologia produziriam a cura infalível das nossas doenças sociais e existenciais se decompuseram num pessimismo cada vez mais crescen­te.

Todos os pilares do projeto moderno mostraram ser somente colunas ocas, com uma pintura dourada. Alexander refere-se a isso ao dizer que "a tragédia da modernidade é que não temos nada que mereça ado­ração; o absurdo da modernidade é que, de todas as formas, vamos e adoramos."4

As promessas de que as idéias de Progresso, de História e da Razão manteriam-se elevadas com indiscutível prestígio e credibilidade come­çaram a deixar transparecer o osso por baixo do seu sangue.

4. Mesmo com toda a influência da razão e inúmeros os avanços produzidos por ela, o nosso século continua a testemunhar as mais impressionantes carnificinas.

Com efeito, em meio à festa da Razão e da credibilidade imensa em suas pos­sibilidades, o século XX presencia as mais impressionantes carnificinas humanas de que se tem notícia, com o emprego intensivo de todos os recursos técnicos, e com um fundo musical de obras clássicas. A Razão bebia sangue também e, como qualquer fera, organizava e refinava a festa de sangue e, como se não bastasse, a racionalizava e a enchia de justificações históricas.

Às portas do século XXI, a humanidade observa que muito mais da me­tade do mundo empobrecido morre de miséria diante da mais impressionante opulência, que a água se contamina e que dela há falta, que os mares se poluem, que a capa de ozônio se destrói, que os bosques e a fauna são quase imaginações fantásticas dos contos das vovós.5

5. Diante do vazio da modernidade, aparece o pós modernismo

E aqui, diante do vazio que a modernidade deixou ao desmoronar-se, que aparece o pós-modernismo. "A chegada do pós-modernismo poderia ser descrita como a perda de entusiasmo pelas convicções básicas do modernismo."6

Os Guinness descreve a relação entre os dois da seguinte maneira:

"Ao passo que a modernidade era um manifesto de auto-suficiência humana e de autogratificação, o pós-modernismo é uma confissão de modéstia e até de desesperança. Não há "verdade", há apenas verdades. Não existe a razão suprema, somente há razões. Não há uma civilização privilegiada (nem cultura, crença, norma e estilo), há somente uma multidão de culturas, de cren­ças, de normas e de estilos. Não há uma justiça universal, há apenas interesses de grupos. Não existe uma grande narrativa do progresso hu­mano, há apenas histórias incontáveis, nas quais as culturas e os povos se encontram hoje. Não existe a realidade simples nem uma grande realidade de um conhecimento universal e objetivo, existe apenas uma incessante repre­sentação de todas as coisas em função de tudo o mais."7

McGrath reconhece que dar "uma definição comple­ta do pós-modernismo é virtualmente impossível",8 mas este poderia ser entendido como sendo "uma sensibi­lidade cultural sem absolutos, sem certezas e sem bases fixas, que se deleita no pluralismo e na divergência, e que tem como meta pensar através da radical 'relati­vidade situacional' de todo pensamento humano. E cada um desses aspectos poderia ser considerado como uma reação consciente e deliberada contra a totalização do Século das Luzes."

Em nosso continente, as "gerações jovens são hoje, ao mesmo tempo, modernas e pós-modernas, embora em meio a instituições sociais e políticas relativamente pré-modernas."

6. Pós modernidade: Não aos Absolutos

Na modernidade a Razão erigiu-se imbatível, e o pro­gresso apresentou-se otimista e inevitável. A modernidade baseava-se em absolutos, em princípios inegociáveis que conduziriam infalivelmente a um mundo sem problemas.

Porém, de acordo com os au­tores pós-modernos, as pretensões absolutistas da modernidade somente trouxeram sistemas opressivos, guerras de trincheiras e campos de concentração.

O absoluto de que a ciência responderia nossas perguntas e resolveria

nossos problemas demonstrou-se como falso

O absoluto de que a ciência responderia nossas perguntas e resolveria nossas inconsistências produziu a poluição irreversível no ar, nos rios e nos oceanos; a destruição da capa de ozônio, deixando-nos expostos aos mortais raios solares; uma relação cada vez maior de espécies vivas em perigo de extinção; e a possibilidade de uma guerra nuclear capaz de destruir a metade do sistema solar. Isso para não mencionar os resultados dos ab­solutos na economia, nas ciências sociais e na política. Se é isso o que produzem os absolutos, devemos então suspeitar de todo absoluto. Como conseqüência, "não há regras ou normas que controlem a sociedade; nem mesmo Deus tem esse direito."10

7. A deconstrução: a espinha dorsal da metodologia pós moderna

A "deconstrução", poderia ser destacada, como sendo a medula da epistemologia moderna.

As áreas de atuação da teoria desconstrucionista

A deconstrução atua principalmente no campo da lingüís­tica, mas suas conclusões generalizaram-se a outras áreas, até mesmo na religião.11 Na lingüística e na filosofia, os franceses Jacques Derrida e Michel Foucault, e os americanos Richard Rorty e Stanley Fish são os representantes mais destacados da deconstrução.

O que vem a ser a deconstrução?

James Sire resume a proposta deconstrucionista ao dizer que "a teoria literária pós-moderna, assim como uma gran­de parte da teoria das ciências humanas contemporâ­neas assume que a mente humana é incapaz de aceder à realidade.

Em primeira e última análise, não há uma estrutura racional da realidade, e, se houver, não a poderemos conhecer. Tudo o que conhecemos é a nossa própria linguagem."12 Então, de acordo com a deconstrução, a linguagem é o único meio através do qual podemos conhecer; sendo porém este um fenômeno arbitrário, deixa as palavras sem um significado per­manente. E uma opção pessoal dar-lhes o sentido que cada um queira. Cada pessoa cria, arbitrariamente, sua própria realidade, ao utilizar a linguagem.

Rorty explica sobre a deconstrução:

"E o sentido de que não há nada no fundo dentro de nós, exceto o que nós mesmos ali pusemos; não há nenhum critério que não tenhamos criado no processo de criar uma prática; ne­nhum padrão de racionalidade que não seja uma apelação ao critério, nem argumentação rigorosa que não seja mais do que a obediência a nossas próprias convenções.13"

A relação entre a deconstrução e a interpretação

Ao aplicar esta abordagem à literatura, por exemplo, chega-se à conclusão de que, em qualquer caso, não se pode encontrar um significado fixo, e que tanto a iden­tidade como a intenção do autor são irrelevantes para a interpretação de qualquer texto. McGrath14 encontra pelo menos dois princípios gerais no que se refere à deconstrução de um texto:

(1) Todo escrito terá significados que o autor não pretendia e nem poderia ter pretendido dar.

(2) O autor não pode pôr adequadamente em pala­vras o que ele quer dizer em primeira instância.

McGrath conclui: "Todas as interpretações são igual­mente válidas, ou igualmente sem significado (depen­dendo do seu ponto de vista)." Isto tem repercussões importantes no campo da hermenêutica bíblica. Se toda interpretação está condicionada culturalmente, então "nenhuma interpretação pode ser descartada, e a ne­nhuma interpretação se deve dar o status de uma verdade objetiva. Rechaçar uma interpretação pressu­põe que se tenha algum critério que permite fazer isso, mas se uma interpretação é apenas uma entre muitas possíveis outras interpretações, não tem sentido ar­gumentar em favor de seu valor único ou contrariamen­te à validade (ou falsidade!) da interpretação de outra pessoa.

 

A deconstrução redefiniu a visão do homem

A deconstrução também redefiniu o sujeito. A modernidade considerava o ser humano autônomo, independente, seguro de si mesmo e com possibilidades racionais ilimitadas. "Na cosmovisão moderna o homem chega a ser lei (nomos) para si mesmo (autos)."16 O homem moderno é um ser integrado, otimista e com identidade definida. O deconstrucionismo pós-moderno desafia esta visão do sujeito. "Esta antropologia é uma ficção. A mesma noção de um sujeito autônomo, que se apoia em si mesmo, é um invento moderno. Esta é uma construção concebida em um tempo e espaço par­ticulares (especificamente, o mundo ocidental desde o Renascimento), e não propriamente uma verdade acer­ca da natureza humana, universalmente reconhecida e auto-evidente em todo o tempo. Assim como a rea­lidade é uma construção social, também o é o Homo autonomous."11

O sujeito pós-moderno é, então, um produto cultural, e portanto não tem individualidade. Na antropologia pós-moderna os seres humanos são apenas contratos sociais ou seres socialmente determinados. É o que Mardones chama de "o desafio do fragmento". O ser humano é apenas o que a sociedade define que seja, não pode pensar a não ser nas categorias que recebeu e como resultado não tem mais a pretendida autonomia do homem moderno. "Suas emoções e sua interpretação de si mesmo, assim como suas ações, lhe são pré-definidas pela sociedade, bem como a sua abordagem cognoscitiva do universo que o rodeia."18

Esta redefinição pós-moderna do sujeito produziu o ambiente propício para a negação da culpa e da responsabilidade pessoais. Se o que somos, pensamos, fazemos, e tudo o mais é produto social, então a soci­edade é a responsável por nossos atos e decisões, sejam estes positivos ou negativos. Nós estamos somente atuando de acordo com o que o meio social nos condicionou; não temos escapatória. O sujeito pós-moderno não tem nem identidade nem vontade indi­vidual, somente social.

A um nível mais geral, a rejeição de absolutos levou o pós-modernismo a repudiar qualquer conceito de verdade que pretenda ser universal. Para Foucault, por exemplo, a idéia de "verdade" nasce dos interesses dos que têm o poder. Para ele há uma relação direta e destrutiva entre verdade e poder.19 A "verdade" serve como instrumento de apoio para sistemas repressivos; portanto, qualquer "verdade" que pretenda ser abso­luta deve ser erradicada, incluindo-se o que na termi­nologia pós-modernista se conhece como as "metanarrativas ".

As metanarrativas são marcos de referência gerais "que dão sentido à totalidade da vida e que dão um significado ao lugar que ocupamos no amplo sistema das coisas."20 Também podem ser entendidas como "narrativas generalizantes que asseguram a provisão de marcos universais para o discernimento de signifi­cado."21 Exemplos de metanarrativas são o marxismo, a democracia liberal capitalista e o mito moderno do progresso autônomo. A definição que Klaus Bockmuehl22 utiliza para o marxismo poder-se-ia dar para qualquer outra metanarrativa: "Um sistema que abrange com­pletamente o pensar e o viver, uma concepção total do mundo e da humanidade." Middleton e Walsh apresen­tam também como metanarrativas a agenda nazista para ter a supremacia na Europa, as cruzadas, as aspirações marxistas-leninistas para o domínio mun­dial, o apartheid na África do Sul, e "as conseqüências na América Latina, ao longo deste século, da doutrina Monroe, como parte da narrativa da democracia liberal dos Estados Unidos."23

As metanarrativas são rejeitadas pelo pós-modernis­mo como autoritárias, isto é, porque impõem o seu próprio significado de forma fascista. "Se alguém está convencido de que a sua posição é correta, tem inevi­tavelmente a tentação de controlar ou destruir os que não estejam de acordo. "25 Middleton e Walsh expressam o que esta abordagem tem a ver com o cristianismo:

O problema do ponto de vista pós-moderno é que as Escrituras, em que os cristãos afirmam basear a sua fé, constituem umametanarrativa com pretensões universais. O Cristianismo está inegavelmente enraizado mimametanarrativa que pretende contar a verdadeira história do mundo, desde a criação até o fim, da origem à consumação.26

Para os mesmos autores, a hipótese pós-moderna das metanarrativas tem sentido e baseia-se na observação histórica:

A história bíblica tem sido, de fato, freqüente­mente utilizada ideologicamente para oprimir e excluir aqueles que são considerados infiéis ou hereges. Nas mãos de alguns cristãos e comunidades, a metanarrativa bíblica tem sido usada como uma arma para legitimar precon­ceitos e perpetuar a violência contra os que são considerados inimigos, que estão fora do pro­pósito divino. Simplesmente não há uma nar­rativa intrinsecamente justa, nem mesmo a bíblica."27

Em conclusão, o argumento é que cada vez que uma pessoa ou um grupo qualquer diz possuir a "verdade" (especialmente a verdade religiosa), o resultado é uma repressão.

Para o pós-modernismo, "a única verdade é que não existe a verdade" .28 Como diz Jock McGregor, "a idéia chave nessa situação é que temos liberdade absoluta. Cada coisa que pensemos, digamos ou façamos tem igual validade, quando aplicado a uma outra coisa. Não existem absolutos, somente escolhas. Nada é ab­soluto, nada é sacrossanto, tudo acha-se disponível."29

Esta posição e esta rejeição aos absolutos preparam o terreno em que o pluralismo e o relativismo florescem.

Sermão. Tema: Pedro, tu me amas?

Sermão pregado pelo Pr Josias Moura no culto de santa ceia da Igreja Betel Brasileiro Geisel

Pedro, Tu me amas?

" 15 Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros. 16 Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas. 17 Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas.

18 Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, tu te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres. 19 Disse isto para significar com que gênero de morte Pedro havia de glorificar a Deus. Depois de assim falar, acrescentou-lhe: Segue-me. " (João 21:15-19 RA)

Introdução

Este encontro entre Jesus e Pedro, que ocorre após a ressurreição de Cristo, é importante porque ele nos revela como Deus exalta aqueles são capazes de reconhecer seus pecados. De fato só há exaltação para os que se humilham.

Pedro havia sido dominado pela fraqueza e veio a negar que era um dos discípulos de Cristo por três vezes. Certamente a consciência de Pedro o acusava ao se lembrar deste fato. É terrível a experiência de sermos réus de nossa própria consciência. Pedro certamente sentia-se assim.

Nestes versículos que lemos, Jesus conduz Pedro a ter uma experiência que removeria a mancha do pecado que aquele discípulo cometeu ao negar a Cristo por três vezes.

Uma vez que Pedro havia pecado publicamente, também era importante que fosse restaurado publicamente diante dos outros discípulos de Cristo. Uma vez que Pedro havia negado por três vezes a Cristo, Jesus também lhe faz por três vezes a mesma pergunta.

Mas quem era Pedro?

Os registros dos evangelhos acerca de Pedro nos mostram que este discípulo tinha muitas qualidades positivas e algumas negativas, como qualquer pessoa.

Pedro tinha discernimento das coisas espirituais. Em Mateus 16:13 Jesus faz uma pergunta aos seus discípulos: "Quem diz o povo ser o filho do homem?". Os discípulos responderam: "—Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum outro profeta. 15 —E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? —perguntou Jesus. 16 Simão Pedro respondeu: —O senhor é o Messias, o Filho do Deus vivo." (Mateus 16:14-16 NTLH). Ao dar esta resposta, Jesus faz uma surpreendente declaração acerca de Pedro, em Mateus 16:17: " —Simão, filho de João, você é feliz porque esta verdade não foi revelada a você por nenhum ser humano, mas veio diretamente do meu Pai, que está no céu." As declarações de Jesus nos mostram que Pedro era um homem que recebia discernimento de Deus.

Pedro tinha um temperamento forte. Ele revela isso quando os soldados vem prender a Cristo. Pedro saca uma espada e corta a orelha de um dos soldados. Jesus o exorta e se entrega pacificamente aos soldados, pois sabia que o que estava acontecendo fazia parte do plano de Deus para sua vida.

Pedro mais tarde revela suas fraquezas, pois dominado pelo medo e falta de fé, nega a Cristo por três vezes. As negações de Pedro nos mostram que não podemos nos achar fortes e prepotentes. Em nós mesmos nada temos, pois somos apenas vasos de barro. Podemos pecar quando estamos na carne, podemos falhar quando estamos sob a pressão do medo e ansiedade. Dentro de cada um de nós há um Pedro, que pode falhar ao estarmos sob pressões e lutas.

Ao negar Cristo, certamente Pedro ficou sentindo-se envergonhado e culpou-se por não ter tido coragem em afirmar sua fé e lealdade perante os seus perseguidores.

Antes daquelas negações Pedro havia se gabado de sua lealdade a Cristo, e se julgava mais forte em sua dedicação do que os outros discípulos. Em João 13:37 ele declara "Por ti darei a minha vida". Em Mateus 26:33 ele afirmara: "ainda que venhas a ser uma pedra de tropeço a todos, nunca o serás para mim". Essas palavras confiantes de Pedro parecem nos indicar que Pedro acreditava amar a Jesus mais do que os outros discípulos.

Assim, ao negar Cristo, Pedro certamente ficou envergonhado, ao perceber que não era mais especial do que os outros seguidores de Jesus.

As perguntas de Cristo a Pedro

Naquele encontro entre Jesus e seus discípulos, por três vezes Jesus faz a mesma pergunta a Pedro: "tu me amas?". O elemento chave que estava sendo examinado por Cristo, era o amor de Pedro por Deus e seu reino.

Essa pergunta de Jesus feita a Pedro provavelmente queria dizer: "Você me ama, como você mesmo afirmou, mais do que os outros? Quando Jesus faz esta pergunta, certamente Pedro faz uma rápida avaliação de tudo que havia acontecido.

A pergunta de Jesus a Pedro nos faz pensar sobre nossa própria condição em relação a Deus. Será que amamos a Deus como de fato afirmamos? Será que temos compromisso com Deus, como de fato dizemos?

Mas examinemos as perguntas de Cristo. Nas duas primeiras perguntas feitas a Pedro, Jesus utiliza a palavra Agape. Agape fala do amor incondicional, sacrificial, é um tipo de amor mais elevado. É este amor que devemos ter em nossos corações ao servirmos a Deus: Amor incondicional, amor sem reservas, amor que nos leva a nos entregarmos completamente.

Ao responder Pedro diz: "sim, senhor tu sabes que te amo". Em sua resposta, Pedro utiliza sempre a palavra Phileo, que fala do amor de um amigo por outro. O amor Phileo não é como o amor Agape. O amor Phileo é menos exigente, tem menor nível de compromisso.

Ao usar a palavra Agape Jesus esta querendo que Pedro entenda a importância de ter seu coração cheio desse amor, incondicional, que não mede sacrifícios para servir ao reino de Deus.

Falemos então, acerca do significado do amor Ágape para nós.

Jesus nos mostra através deste encontro com Pedro, que tudo que realizamos no reino deve ser através do amor. Sendo assim, quando um músico adora sem amor, seu trabalho é vão. Quando um pastor pastoreia sem amor, seu trabalho é vão. Quando um crente evangeliza sem amor, seu evangelismo não tem resultados, pois é o amor que transforma, quebra barreiras.

O amor Agape é tão importante para nós na realização da obra de Deus, como é o oxigênio para os nossos pulmões ou a água para os nossos corpos.

Ao falar da importância do amor em I coríntios 13 Paulo nos ensina: " 1 Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. 2 Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. 3 E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. " (1 Coríntios 13:1-3 RA)

Observe bem o que diz Paulo nestes versos. Ele esta nos mostrando que ainda que fossemos capazes de realizar coisas impressionantes como falar a língua dos próprios anjos, ou profetizar, ou conhecer os mais profundos mistérios da humanidade, ou ainda distribuir fortunas, tudo isso seria vão se fosse feito sem amor Agape. Assim, meu irmão o que eu e você estamos fazendo nesta igreja ou fora dela, deve ser feito com amor, para que tenha proveito perante Deus.

A perguntar a Pedro pela terceira vez: "tu me amas", Pedro fica entristecido, no verso 17. Certamente Pedro fica assim, porque havia percebido que suas palavras ainda não correspondiam a realidade vivida. Certamente Pedro descobre naquele instante que servia a Cristo porem sem muita intensidade e profundidade de compromisso.

Conclusão

Desejo finalizar esta reflexão fazendo referencia a um ultimo detalhe importante que podemos ver neste dialogo entre Jesus e Pedro

Por três vezes Jesus diz a Pedro: "apascenta as minhas ovelhas". Ao dizer isso, Jesus esta querendo que Pedro compreenda que amor se prova com gestos, não apenas com palavras. Muitas vezes dizemos que Jesus ama aos pecadores, mas será que nós os amamos. Muitas vezes dizemos que Jesus salva, mas será que estamos anunciando esta salvação? Pedro estava repetindo que amava a Cristo, mas Jesus estava lhe mostrando que seu amor seria provado apascentando as ovelhas.

O famoso poeta inglês Williian Shakespeare disse: "Aqueles que não mostram o seu amor, na verdade não amam". Assim sendo, a melhor prova do nosso amor a Deus é dada quando obedecemos sua palavra, e trabalhamos em reino com compromisso e dedicação.

Que Deus te abençoe!

Pr. Josias Moura de Menezes

Estudo para o culto de doutrina da Igreja do Betel Brasileiro Geisel. Tema: A escatologia na mensagem Profética

A escatologia na mensagem profética

Daniel 9: 20-27; Obadias 15-21

"Por que o Dia do Senhor está prestes a vir sobre todas as nações." Obadias 15

Nesta segunda lição sobre os fundamentos da escatolo­gia no Antigo Testamento trataremos de dois temas extre­mamente significativos para a escatologia bíblica, a saber: as setenta semanas de Daniel e a expressão "dia do Se­nhor."

Estes dois assuntos estão presentes na literatura profética e são focos de muitos debates e controvérsias. Portanto, entendê-los é imprescindível.

I- AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL, Dn 9: 20-27

Embora haja diferentes modos de estudar a profecia de Daniel, nossa ênfase aqui é interpretá-la literalmente e mostrar que seu cumprimento final se dará no segundo ad­vento do Messias. Daniel teve esta visão no primeiro ano do reinado de Dario, em 538 a.C. Os setenta anos do cati­veiro profetizados por Jeremias estavam terminando.

a) O significado das setenta semanas de Daniel.

As setenta semanas representam 490 anos, sendo cada semana um período de sete anos. As semanas são dividi­das em três períodos menores de tempo:

  • 07 semanas: um período de sete semanas (49 anos, Dn 9: 25),
  • 62 semanas: um segundo período de sessenta e duas semanas (434 anos, Dn 9: 25-26,
  • 01 semana: uma última semana (7 anos, Dn 9: 26-27), a mais cruel e temível de todas, que resulta na destruição do perse­guidor e libertação final do povo de Deus.

Portanto 07 semanas+62 semanas+01 semana = 70 semanas de Daniel = 490 anos

b) As setenta semanas teriam os seguintes re­sultados: "fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos", Dn 9:24. O profeta menciona seis coisas a se­rem feitas.

Intérpretes da profecia afirmam que as quatro primeiras relacionam-se com a obra expiatória de Cristo e a sua primeira vinda. As duas últimas se realizarão no perío­do da tribulação.

c) O cumprimento das setenta semanas.

  • O pri­meiro período de sete semanas pode ser uma referência à conclusão bem-sucedida da reconstrução de Jerusalém. A cidade foi reconstruída durante este período, sob oposi­ção "nos tempos angustiosos", conforme predito em Dn 9: 25 e confirmado em Ne 4: 18.
  • O segundo período, de sessenta e duas semanas, es­tende-se desde a conclusão da reconstrução de Jerusalém até o início do ministério de Cristo. Outros acreditam que as sessenta e duas semanas seriam o tempo durante o qual a cidade de Jerusalém seria reconstruída (538 a.C) e quan­do foi destruída pelos romanos (70 d.C).
  • A última semana (7 anos – Dn 9: 26-27), será bem dis­tante das demais. Haverá um acordo feito por um "prínci­pe" com os judeus. No meio da semana, este príncipe porá abominações no santuário e começará urna perse­guição contras os judeus. No fim da semana, haverá o jul­gamento e um reino de justiça será estabelecido.Quando os judeus tiverem de ser varridos completamente de sobre a face da terra, Jesus descerá dos céus com a igreja, decla­rará guerra contra o Anticristo, o vencerá e o amarrará por mil anos. Esta semana será inaugurada com o arreba­tamento da igreja, segundo a interpretação dispensacionalista, e terminará quando a Igreja voltar com Jesus para reinar com ele no milênio.

II – O DIA DO SENHOR NO ANTIGO TESTAMENTO

A expressão "dia do Senhor" é muito comum no Anti­go Testamento. De forma geral, era uma referência ao dia em que Deus subjugaria os inimigos e salvaria Israel seu povo eleito. Seria, portanto, um dia de juízo, mas tam­bém de salvação.

a) Dia de juízo. Os israelitas acreditavam que nesse Deus se levantaria para julgar todos os seus inimigos e sal­var Israel de forma espetacular. Mas o profeta Amós utili­zou essa frase como símbolo do juízo iminente de Deus so­bre Israel, Am 5:18. Sofonias reconhecia o dia do Senhor como julgamento universal, abrangendo todas as nações, Sf 1: 14-18.

Os profetas Joel e Isaías falam do dia do Senhor como um dia de trevas e escuridão. Contudo, o juízo é seguido de uma nova glória e nova luz, Jl 2: 2, 28, 32; Is 24: 21-23. Em Daniel, o juízo universal de Deus introduz a chegada do reino dos santos do Altíssimo, Dn 7: 10-28. O pensamen­to de um juízo universal das nações introduz a promessa da inauguração do reino perene dos santos do Altíssimo.

b) Dia da manifestação da soberania divina. No dia do Senhor todos os povos reconhecerão a supremacia e o senhorio do Deus de Israel sobre o universo. Será um dia de juízo sobre as nações inimigas e o triunfo dos rema­nescentes fiéis israelitas.

O tema "dia do Senhor" possui tanto um cumprimento imediato como escatológico no Antigo Testamento. Ao mesmo tempo que o profeta anunciava o juízo e salvação iminentes, também prenunciava o grande e terrível dia do Senhor, o juízo final escatológico. "Por que o dia do Se­nhor está prestes a vir sobre todas as nações [...] mas no monte Sião haverá livramento [...] e o reino será o Se­nhor". Ob 15,17,21. O livro de Obadias descreve o juízo de Deus sobre Edom e a salvação de Israel, mas este juízo e salvação são apenas amostras do juízo e salvação plenas que estavam por vir.

Assim, a expressão Dia do Senhor, nos mostra que Deus esta no controle da História da humanidade e Ele ira cumprir a sua palavra movendo todas as circunstancias para que sua palavra se cumpra.

Na próxima semana estudaremos o tema: "Últimos dias, tempos difíceis". Não perca este estudo.

Pr Josias Moura de Menezes

Sermão para culto da família. Tema: O que fazer quando as dificuldades surgem em nossa casa.

Palavra ministrada pelo Pr Josias Moura no culto de encerramento do Mês da família na Igreja do Betel Brasileiro Geisel.

O que fazer quando as dificuldades

surgem em nossa casa

João 11: 1-4

Introdução

A ressurreição de Lázaro foi um dos grandes milagres realizados por Jesus, que chamou a atenção de amigos e inimigos.

Este milagre foi realizado na casa de uma família que era muito conhecida por Jesus. Lázaro é aqui retratado como aquele que era amado por Jesus. Marta é aqui retratada como aquela que antes havia ungido com bálsamo a Jesus e enxugado seus pés com seus cabelos. João faz questão de nos relembrar o que Marta havia feito antes por Cristo. Parece-me que ao relembrar o gesto de Marta, João que nos mostrar que há sempre retribuição para o nosso esforço de agradar e servir a Deus. De fato, Deus retribui sempre aqueles que o servem e procuram agradá-lo.

E foi na casa desta família, tão querida e amada por Cristo, que uma situação de angustia começou a existir. Lázaro havia ficado enfermo. Sua enfermidade era grave. Não haviam meios naturais para socorrê-lo. O amigo de Jesus estava morrendo.

O chamado por Jesus

As irmãs de Lázaro informam a Cristo sobre a situação. Vejamos o verso 3 e 4: " Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas. 4 Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado."

Ao receber informações sobre a condição de Lázaro Jesus faz uma declaração surpreendente. Ele declara que a enfermidade de Lázaro tinha um proposito maior. Aquela enfermidade tinha vindo para que a glória de Deus se revelasse por meio dela.

Aprendemos aqui, que determinados problemas e dificuldades que enfrentamos nos sobrevêm para que possamos experimentar a revelação da glória de Deus.

Precisamos orar mais meus irmãos, para que a glória de Deus seja revelada através de nossas lutas e dificuldades. Muitos consideram que suas lutas são tremendas e grandes, mas considere isto meu irmão: Quanto maior é a tua luta pessoal, maior será a revelação da glória de Deus.

A demora de Jesus.

Vejamos o verso 5 e 6: "Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. 6 Quando, pois, soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava".

A demora de Cristo em Betânia nos leva a perguntar porque Deus pode demorar para nos responder?

A demora de Cristo em ir para Betânia, pode levar alguns a pensarem que Jesus chegou tarde na casa de Lázaro. Mas, ao refletir sobre a demora de Cristo somos levados a compreender que como o Senhor do tempo, Deus age no momento em que Ele quer, e não no momento em que nós queremos. Ele é o Senhor do tempo. A demora de Cristo em ir a Betânia fazia parte do plano de Deus. Foi sua demora em chegar a Betânia que criou mais expectativa no coração da família de Lazaro.

Marta, irmã Lazaro, não compreendia que aquela demora fazia parte de um plano de Deus lhe diz: "…21 Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão…". Todos achavam que Jesus havia demorado muito.

Mas, quando Deus demora para nos responder é porque Ele tem algum proposito. A demora de Cristo foi um exercício de fé para os discípulos e para as irmãs de Lázaro. Assim, quando Deus demora em responder é certamente porque deseja que nossa fé seja testada e fortalecida.

A demora de Deus também nos mostra que Deus já tem uma hora marcada para agir em nosso favor. Ele já estabeleceu em seu plano o tempo certo. Quando não compreendemos isso nos entregamos a ansiedade. E as preocupações tomam conta de nós. Precisamos das palavras de Salomão em Eclesiastes 3:1: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu..".

Portanto, meu irmão quando Deus demora é porque Ele quer nos mostrar que Ele é Senhor do tempo, é também porque deseja exercitar nossa fé, e ainda nos mostrar que tudo tem seu tempo determinado.

A ação de Jesus em favor de Lázaro

Veja o que dizem os versos seguintes: "33 Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se. 34 E perguntou: Onde o sepultastes? Eles lhe responderam: Senhor, vem e vê! 35 Jesus chorou. 36 Então, disseram os judeus: Vede quanto o amava. 37 Mas alguns objetaram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer que este não morresse? 38 Jesus, agitando-se novamente em si mesmo, encaminhou-se para o túmulo; era este uma gruta a cuja entrada tinham posto uma pedra. 39 Então, ordenou Jesus: Tirai a pedra. Disse-lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias. 40 Respondeu-lhe Jesus: Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus? 41"

Nestes versículos observo algumas lições muito importantes:

· O choro de Jesus. Nos leva a perceber que Deus se identifica com a nossa dor. Ele demonstra o seu amor expressando sua comoção por nós.

· A ordem de Jesus. Inquietando dentro de si com aquela situação, Jesus caminha em direção ao túmulo e declara: Tirai a Pedra. Diante desta palavra Marta, mais uma vez demonstra sua pouca fé e diz: "Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias". Nossas fraquezas espirituais muitas vezes nos levam a duvidar da palavra de Deus e nos transformam em pessoas limitadas.

Esta Pedra em frente ao sepulcro pode ser vista como os grandes obstáculos que desafiam a nossa fé. Tire estas pedras espirituais que te impedem de crer.

· A promessa de Jesus. Diante da fraqueza evidenciada por Marta, Jesus lhe relembra: "Não te disse eu que, se creres verás a glória de Deus". Aprendemos aqui que precisamos crer antes de ver. Há pessoas que são como Tomé. São aqueles que precisam ver para Crer. Porém este é um momento importante onde Deus nos chama para Crer. Portanto, creia, creia, creia neste nome. Ele tem poder.

· O milagre. Em frente ao túmulo Jesus declara. "Lazaro em para fora v. 43". A palavra de Cristo muda aquela realidade. Aquele cenário de morte se transforma numa experiência de revelação da glória de Deus.

Conclusão

Ao preparar esta palavra me lembrava da história abaixo:

A águia empurrou gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho. Seu coração se acelerou com emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes a seus insistentes cutucões. Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair?…Pensou ela.

O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso. Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes. E se justamente agora isto não funcionar? Ela pensou. Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão estava prestes a se completar, restava ainda uma tarefa final: o empurrão.

A águia encheu-se de coragem, pois enquanto os filhotes não descobrirem suas asas não haverá propósito para a sua vida. Enquanto eles não aprenderem a voar não aprenderão o privilégio que é nascer águia.

O empurrão era o melhor presente que ela podia oferecer-lhes. Era seu supremo ato de amor. Então, um a um, ela os precipitou para o abismo. E eles voaram!

Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias e os problemas que enfrentamos fazem o papel de águia. São estas circunstancias que nos colocam frente aos abismos e vales da vida humana.

E quem sabe não são estas mesmas circunstâncias, que nos fazem descobrir que temos asas para voar… Isaias 40:31: "mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão e não se fatigarão".

Sendo assim, a doença, e a consequente morte de Lazaro foram as circunstâncias que Deus escolheu para fazer com que Marta descobrisse que poderia renovar as suas forças e sua fé como uma águia.

Que Deus possa nos abençoar!

Pr Josias Moura de Menezes

SERMÃO: Dracmas perdidos em nossas famílias

Tema: Dracmas perdidos

em nossas famílias

Texto Base: Lucas 15: 8-10: "Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la? 9 E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido. 10 Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende."

1) Introdução

Alguém já disse que "a beleza de uma casa não está na cor das paredes, no arranjo sobre as mesas, na disposição dos móveis. A beleza de uma casa está nas pessoas que moram nela."

Os maiores tesouros que temos estão dentro da nossa própria casa. As maiores alegrias que temos estão dentro da nossa casa. Às vezes, inúmeras pessoas buscam a felicidade em tantas outras coisas (trabalho, dinheiro, títulos, etc.) e negligenciam o convívio familiar. Entretanto, aquele que não é feliz em casa não poderá ser feliz em lugar nenhum.

Definitivamente, as maiores alegrias que alguém pode experimentar estçao dentro do seu próprio lar. Isso se deve porque os maiores tesouros que temos estão dentro de casa – nossa família.

Não só grandes alegrias podem ser experimentadas dentro, como também as dores mais agudas. Os maiores sofrimentos que temos podem ocorrer no seio familiar. Exemplos disso são as perdas que sofremos em nossa família. A perda de um filho, a perda do marido, a perda do pai ou mãe e mesmo a perda de um ente familiar querido. Não há nada que produza mais sofrimento à alma humana do que dores que tem sua origem na família.

O texto em questão fala sobre uma perda. Jesus conta uma parábola cuja protagonista é uma mulher. A trama que envolve a história gira em torno de uma dracma perdida. O texto afirma que ela tinha dez dracmas e, por descuido, perdeu um deles. A dracma era uma moeda muito preciosa nos dias de Jesus. Entretanto, o dracma tinha mais que um valor monetário. Alguns comentaristas afirmam que o conjunto de dez dracmas formavam um colar que simbolizava o compromisso da mulher com seu cônjuge. Assim, dez dracmas eram o símbolo visível de uma aliança invisível e eterna. Portanto, havia um valor sentimental, espiritual e familiar. Por isso, o texto discorre a preocupação da mulher ao perder uma única dracma, mesmo ainda tendo outras nove.

Outro fato importantíssimo a ser destacado diz respeito ao local onde aconteceu a perda. A Bíblia afirma que a mulher perdeu a dracma dentro de sua própria casa. Não foi na rua nem nos arredores. Trata-se de uma perda dentro de casa. Alguns psicólogos ensinam que algumas perdas tem a forte tendência de nos paralisar. Muitas pessoas ficam simplesmente estáticas. Não sabem o que fazer. Não vêem saídas. Entretanto, o texto afirma que essa mulher teve outra postura. Ela não ficou paralisada e nem mesmo deu lugar ao desespero. Essa mulher torna-se um paradigma para nós que desejamos achar tesouros perdidos dentro de nossas próprias casas.

2) Esta parábola chama a nossa atenção para a necessidade de procurarmos os dracmas que estão perdidos em nossas casas. Meu irmão, qual tesouro você perdeu dentro da sua casa?

O respeito dos filhos, o carinho do cônjuge, a fidelidade conjugal, Fidelidade ao SENHOR, o diálogo, a vida devocional, o prazer pela casa de Deus, o prazer pela oração e leitura da Palavra, ou o fervor espiritual são alguns exemplos de dracmas que podem estar perdidos em nossas casas.

Certa vez uma irmã testemunhou: "Eu ganhei muitas pessoas para Jesus, mas me sinto frustrada porque não ganhei meus próprios filhos". Talvez você se sinta assim também. Já ganhou muitas pessoas, menos a sua própria família. Talvez você já tenha orado muito por ela, e agora já se sente desanimado, perdeu a dracma do animo e da determinação de lutar pela salvação de sua família.

Ilustração. Em certa família os pais trabalhavam fora. Durante todo o dia os dois filhos deste casal ficavam em uma creche. No fim do dia, pais e filhos voltavam para casa. A noite, o pai gostava de assistir TV, a mãe ficava envolvida com a organização da casa e do jantar, o filho mais velho ia jogar vídeo game, o outro, usar a internet. Eu pergunto: Qual o tempo que esta família tinha para a comunhão e o diálogo? Nenhum. Em muitas famílias, esse dracma precisa ser reencontrado.

3) Na parábola que lemos, aprendemos com a mulher que precisamos de três atitudes para recuperar os dracmas que estão perdidos em nossas famílias:

 

3.1 Buscar direção

O texto afirma que a primeira atitude dessa mulher quando notou a ausência de uma dracma foi acender uma candeia. As casas na Palestina eram escuras, sem luz e quase sem janelas. Ela, então, chega à conclusão de que é impossível encontrar algo no escuro.

Se há algo perdido, precisamos buscar direção em:

a) Jesus. O próprio Cristo afirmou: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida" (Jo 8:12). Jesus é a luz que precisamos para recuperar aquilo que foi perdido. Apenas a presença iluminadora de Jesus poderá nos dar uma direção clara. Acenda uma luz na sua casa! Essa luz é Jesus. Peça o SENHOR para trazer luz onde há escuridão.

b) Palavra de Deus. O salmista percebeu que a Palavra de Deus é poderosa para guiar nossos passos em segurança. Caminhar no escuro é difícil. Por isso precisamos de luz, para que possamos pisar em lugares seguros. Assim, ele conclui: "Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e luz, para os meus caminhos" (Sl 119:105). Nestes dias difíceis, teremos força e direção para proseguir através da palavra de Deus.

3.2 Esforço

O texto afirma que após acender uma candeia, a mulher logo providenciou uma vassoura e passou a varrer a casa. Sua atitude desencadeou num grande esforço. Levantou a poeira que estava posta sobre sua residência. Tirou os móveis do lugar. Agachou-se para procurar.

É possível perceber que essa mulher realizou uma verdadeira faxina em sua casa. Isso nos ensina que devemos nos esforçar grandemente na busca daquilo que foi perdido. Thomas Edson disse que "a fórmula do sucesso é 90% de transpiração e apenas 10% de inspiração". Se você deseja vencer, deve estar disposto a suar a camisa.

Há uma tendência humana em fugir de problemas. Constantemente evitamos tratar de determinados assuntos, porque para elucidá-los será necessário lançar mão de grandes esforços. Contudo, não podemos empurrar a sujeira para debaixo do tapete. Devemos nos esforçar grandemente com o intuito de resgatar as perdas que sofremos.

3.3 Busca diligente

O evangelista Lucas diz que a mulher "procurou diligentemente até encontrar" o dracma.

É possível destacar três fatores que a influenciaram para que ela fosse bem sucedida na sua busca:

a) Busca incansável. Ela não descansou enquanto não achou a dracma. Ela não mediu esforços para alcançar o seu objetivo. Lançou mão de todos os meios e recursos que estavam à sua disposição.

b) Busca meticulosa. Ela buscou em todos os cômodos da casa, observando cuidadosamente cada parte.

c) Busca perseverante. Ela só parou quando encontrou aquilo que procurava. Só uma coisa parou essa mulher: a vitória. Ela não desistiu enquanto não a alcançou. A palavra perseverança pode ser definida assim: "continuar sempre e nunca desistir".

Precisamos ser incansáveis, meticulosos e perseverantes em encontrar os dracmas que foram perdidos em nossa família.

4) Conclusão

Essa parábola está inserida num contexto muito particular do discurso de Jesus. Neste contexto, Jesus conta três parábolas: a parábola da ovelha perdida, a da dracma, e a do filho pródigo, cujo objetivo é o mesmo: destacar o amor de Deus pelo pecador perdido. Na primeira parábola uma ovelha está perdida. Na segunda parábola uma dracma está perdida. Na terceira parábola um filho está perdido. Em todas as parábolas acontece o reencontro. O pastor deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da única ovelha que havia se perdido. A mulher não leva em conta que ainda tinha nove dracmas, mas busca incansavelmente a única dracma que havia se perdido. E o pai, embora ainda tivesse o filho primogênito dentro de casa, não descansou enquanto seu outro filho voltasse para casa.

Nos três histórias acontece uma grande festa. Há uma festa porque algo precioso foi encontrado. Estas parábolas nos mostram que Deus em seu amor não mede esforços para ir ao encontro do pecador perdido.

Nesse sentido, o próprio Deus tornou-se modelo para nós. Se desejamos reencontrar tesouros perdidos dentro da nossa própria família, então, devemos buscar direção, esforçar-nos e buscar diligentemente, porque é assim que Deus faz em relação ao pecador.

Qual tesouro você perdeu dentro da sua casa? Comunhão, dialogo, paz,

Você precisa identificar qual dracma você perdeu. E, assim que identificar, iniciar a busca por ele. Nada é mais urgente do que restaurar as bases da nossa casa.

Sua família é o maior patrimônio que você possui. Bens, diplomas e sucesso profissional perdem o significado para você sem a felicidade de sua família.

Na verdade, nenhum sucesso compensa o fracasso da sua família. Não podemos construir nossa felicidade sobre os escombros da nossa família.

Há pessoas que querem alcançar o sucesso por meio de vôos solitários, fazendo carreira solo, deixando para trás a família, Igreja, e amigos. É por este motivo que há muitas famílias doentes e feridas. Há muitas famílias precisando de cura e restauração, porque foram colocadas em segundo plano.

Mas, lembremos que Deus ama a família, pois a instituiu. Deus não abre mão da família, pois esta é uma agência do seu Reino na terra. Josué, o grande líder que substituiu Moisés e introduziu o povo de Israel na terra da promessa, deu testemunho diante de toda a nação que ele e sua casa serviriam ao Senhor (Js 24.15). A essas alturas, Josué tinha prestígio e bens, sucesso e fama, mas nenhuma conquista pessoal diminuiu seu propósito de consagrar sua família a Deus.

Sei que muitos aqui estão em busca de sucesso na vida profissional. Outros tem feito um grande Investimento na formação intelectual dos seus filhos, para que sejam vencedores. Todos nós neste mundo, precisamos batalhar muito para ter uma vida material mais tranqüila no fututo.

Embora, essas iniciativas sejam legítimas, nada disso nos aproveitará se descuidarmos do principal, que é colocar nossa família no altar de Deus para o servirmos com alegria e fervor, nos esforçando diligentemente para encontrar os dracmas que estão perdidos em nossas casas.

Pr Josias Moura

Sermão: 05 lições que aprendemos com o uso do lápis

Palavra ministrada pelo Pr Josias em Culto de ação de graças de Escola de educação infantil.

5 lições que aprendemos

Com o uso do lápis

1. Introdução

Nós podemos imaginar a nossa vida como um lápis. Do mesmo jeito que o fabricante envia um lápis para ser usado pelas pessoas, Deus nos enviou ao mundo. E aqui no mundo temos uma missão a cumprir. Precisamos entender que há um plano de Deus sobre as nossas vidas.

2. Ao observar o uso do lápis, aprendemos algumas coisas importantes:

 

2.1 Podemos fazer grandes coisas com o lápis, mas nunca devemos esquecer que existe uma Mão que guia seus passos.

Sem uma mão o lápis nada faz. Nas mãos de um artista o lápis pode produzir grandes obras de arte.

Há também uma mão sobre nós. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.

Josué 4:24 diz: Para que todos os povos da terra conheçam que a mão do SENHOR é forte, a fim de que temais ao SENHOR, vosso Deus, todos os dias.

Sem a mão de Deus sobre nós, nada somos. Jesus diz: "Sem mim nada podeis fazer…" (joão 15:5b).

A mão de Deus nos guia, nos conduz, nos protege, nos sustenta. Você teria coragem de deixar seu filho pequeno atravessar sozinho uma Avenida no Centro de Natal? A primeira coisa que você faria era dar sua mão para seu filho. Sem a mão de um pai, uma criança não teria muita chance de sobreviver em uma rua perigosa.

Salmos 18:16 Do alto me estendeu ele a mão e me tomou; tirou-me das muitas águas.

Sem a mão de Deus, não temos muita chance, de conseguir vencer muitos dos obstáculos que surgem diante de nós.

Martinho Lutero disse: "Não sei por quais caminhos Deus me conduz, mas conheço bem o meu guia".

2.2 De vez em quando é preciso parar de escrever e usar o apontador.

O apontador faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado, e bem melhor para ser usado.

É assim também com você. As vezes Deus quer nos tratar, nos corrigir, nos transformar e tirar do nosso caráter tudo não é útil para seu reino.

Saiba suportar algumas provações e dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor, e você estará mais afiado e preparado para enfrentar as mais diversas situações da vida.

Eclesiastes 10:10 diz: "Se o ferro está embotado, e não se lhe afia o corte, é preciso redobrar a força;….."

Deus disse a Jeremias no cap. 18: "Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras. Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava entregue à sua obra sobre as rodas. Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu. Então, veio a mim a palavra do SENHOR: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? —diz o SENHOR; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel." (Jeremias 18:2-6 RA)

Meu irmão, Deus trata, restaura, transforma, e cuida daquele a quem ama. Coisa boa e estar nas mãos do oleiro, porque a cada dia ele nos faz melhor.

2.3 O lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que está errado.

Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.

As vezes precisamos apagar lembranças do passado, às vezes precisamos parar e corrigir o que está errado em nosso dia dia, e fazermos o que é certo. Se a tua consciência diz que você fez algo errado, é tempo de corrigir meu irmão!

ILUSTRAÇÃO. Um menino, com voz tímida e os olhos cheios de admiração, pergunta ao pai, quando este retorna do trabalho:

- Pai, quanto o senhor ganha por hora?

O pai, num gesto severo, responde: Escuta aqui meu filho, isto nem a sua mãe sabe. Não amole, estou cansado!

Mas o filho insiste: – Mas papai, por favor, diga, quanto o senhor ganha por hora? A reação do pai foi menos severa e respondeu: – Três reais por hora. – Então, papai, o senhor poderia me emprestar um real?

O pai, cheio de ira e tratando o filho com impaciência, respondeu: – Então essa era a razão de querer saber quanto eu ganho? Vá dormir e não me amole mais!

Já era noite, quando o pai começou a pensar no que havia acontecido e sentiu-se culpado. Talvez, quem sabe, o filho precisasse comprar algo. Querendo descarregar sua consciência doida, foi até o quarto do menino e, em voz baixa, perguntou: – Filho, está dormindo? – Não, papai! – o garoto respondeu sonolento e choroso.

Olha, aqui está o dinheiro que me pediu: Um real. – Muito obrigado, papai! – disse o filho, levantando-se e retirando mais dois reais de uma caixinha que estava sob a cama. – Agora já completei, papai! Tenho três reais. Poderia me vender uma hora de seu tempo?

O pai reconhece que estava errando, ao colocar em primeiro lugar seu trabalho, e deixar de lado o diálogo e a amizade com seu filho.

MORAL. Às vezes, precisamos reconhecer que é hora de mudar. É preciso consertar as coisas que estão erradas, apagar o passado e fazer o que é certo.

2 Coríntios 5:17 diz: "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas." Hoje, Deus esta pronto para passar uma borracha no teu passado, e mostrar que diante de você há um novo e vivo caminho.

2.4 O que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro.

Da mesma forma o que está dentro de nós é mais importante do que a aparência. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.

Quando o profeta Samuel chega a casa de Jessé (I samuel 16:6) para escolher e ungir um novo rei, ao ver Eliabe, filho de Jessé, Samuel diz: "Certamente, esta perante o Senhor o seu ungido".

Veja o que Deus responde em 1 Samuel 16:7: "Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração."

Deus vê o que esta dentro de você. Se dentro de há um coração sedento, há um desejo de agradar a Deus, saiba que Deus está vendo isso e te abençoará por causa disso.

2.5 O Lápis sempre deixa marcas.

Existem pessoas que passam pelas nossas vidas e não deixam marcas.

Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços e marcas em outras pessoas.

Precisamos lembrar que Jesus deixou marcas em tudo que realizou por nós. O apóstolo Paulo diz em Gálatas 6:17: "…ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas de Jesus."

ILUSTRAÇÃO.

Quando eu era menino, peguei um lápis e risquei uma parede branca com muita força. As marcas eram tão fortes que não saíram. Foi preciso pintar novamente a parede.

MORAL. As pessoas que encontramos em nossa caminhada precisam ser marcadas fortemente por nosso testemunho. As marcas do teu testemunho precisam ser tão fortes que serão lembrados por muitos anos. Há gente aqui que deixará marcas profundas na vida de outras pessoas.

3. Conclusão

O lápis é um instrumento. E um instrumento faz o que seu dono quer. Nós também somos instrumentos para executar os projetos e planos de Deus. Porem, Deus colocou em nós, o livre arbítrio, e podemos obedecer ou desobedecer a Deus.

Lembre-se meu irmão em toda a tua caminhada, que obedecer a Deus traz recompensas, privilégios, bênçãos e possibilidades de grandes conquistas.

Pr Josias Moura

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007. HOMILÉTICA

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ESTUDO SOBRE O TEMA: A ORAÇÃO DO PAI NOSSO

Mateus 6:9-13

Introdução

1. "Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome…" v.9

Que maravilha é podermos ter um pai celestial, santo, poderoso e perfeito. É assim o nosso pai celestial. Temos o privilégio de poder invocar o seu nome e vermos o seu agir eficaz em nossas vidas. Invocar o "Pai nosso…" significa acessar a presença de alguém que nos dá acesso coletivo. Todos nós, podemos falar com Ele e buscar as suas bênçãos eternas e perfeitas para nossas vidas. Nenhum cristão pode dizer que não tem um pai. Deus é o "pai nosso…".

Sua natureza eterna e celestial é santa. Por isso sempre invocamos a sua santidade. Isso significa que Ele não peca, não se mistura com a impureza. Mas ao mesmo tempo nos ama. Ele não ama o pecado, mas ama o pecador.

2. "…venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;" v.10

Precisamos invocar a presença do reino em nossas vidas. O reino de Deus é um reino de justiça, de vida e vitória. Não podemos viver a vida cristã sem a presença deste reino em nós.

Existem condições para termos acesso ao Reino De Deus:

Em Mt. 5:3, Jesus diz que é preciso ser humilde para Ter o Reino de Deus. Não podemos ser orgulhosos no tratamento com as pessoas se queremos entrar no Reino de Deus. Não podemos pisar nas pessoas nas pessoas se queremos entrar no Reino de Deus. Este reino é conquistado através da humildade.

Em Mt. 25: 34,35, Jesus estabelece outra condição para entrarmos no seu reino. A condição é: Temos que trabalhar para termos a herança do Reino de Deus. Infelizmente, muitos crentes ficarão sem esta herança, ficarão com mãos vazias. Esses crentes não evangelizaram suas famílias, seus amigos e vizinhos, nunca levaram a sério a necessidade de conquistar o Reino, e por isso ficarão de mãos vazias. Desperte-se amado irmão, abra seus olhos, porque o Reino de Jesus vem para aqueles que trabalham por Ele.

3. "O pão nosso de cada dia dá-nos hoje;" v.11

Deus promete que vai suprir nossas necessidades de cada dia. Há muitos crentes ansiosos, preocupados, com ter uma boa casa, um carro zero, um bom emprego, filhos na faculdade, etc… Essas preocupações podem nos fazer esquecer, que tudo que temos e somos vem de Deus.

Algumas pessoas bem sucedidas, são incapazes de crer num Deus supridor. Estas pessoas lutaram tanto para ter sucesso, que acreditam apenas em suas próprias capacidades. E dizem: "Ah, eu consegui tudo através do meu esforço. Ninguém me deu nada. Eu não preciso da religião, e muito menos da Igreja. "

As vezes Deus permite que percamos bens e patrimônios importantes para nós, para que entendamos que tudo o que conseguimos foi pela misericórdia de Deus em nossas vidas. Aprenda a crer na providência de Deus em sua vida e agradecer ao Senhor por tudo que Ele tem te dado. Então Ele te dará mais.

4. "…e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;" v.12

Ausência de perdão, significa em nossas vidas, ausência da presença de Deus e suas bençãos. Se vamos a Igreja cultuar a Deus, sem termos perdoado alguém, nosso culto é rejeitado por Deus. É este o ensino de Jesus em Mt. 5:23-24. Antes de oferecermos nosso culto a Deus, precisamos perdoar.

Quem não perdoa vive amargurado. Uma vez uma jovem estava em um culto, ouvindo falar sobre a importância de uma família ser salva. Seu semblante começou a ficar alterado, com ares de amargura e tristeza profunda. O pastor notou, e ao fim da reunião foi investigar o que acontecia com aquela irmã. Ela disse: "Pastor, há muitos anos não consigo experimentar a presença de Deus em minha, porque não consigo perdoar meu Pai. Ele fez muitas coisas erradas comigo."

As vezes só conseguimos perdoar quando o bálsamo do Espírito Santo é passado em nossos corações. Talvez você esteja precisando disso, neste momento. Talvez você necessite de cura, para que possa perdoar.

5. "e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!" v.13

Um jovem insistia com o Pai, pedindo a sua herança. O Pai dizia: "Filho, não é hora de você receber esta herança, é muito cedo". Porém o rapaz era insistente. Então, o Pai resolveu dar a herança do Filho. Resultado. O filho gastou tudo bem rápido, e ficou na miséria.

Alguns crentes oram a Deus e pedem coisas absurdas. Uma vez um irmão orava: "Jesus, eu quero ser rico." Será que você está preparado para ser um rico, que não vai esquecer de Deus? Certamente, Deus não tem dado uma prosperidade de riqueza a muitos crentes, porque estes não estão preparados para enriquecer.

Provavelmente, as riquezas sejam o motivo da queda e ruína espiritual de muitos crentes. Não devemos pedir a Deus coisas que nos tentem a nos desviamos da vontade e do amor de Deus. Nossa oração deve ser: "Deus, me livra do perigo das tentações. Não me deixe ser dominado pela ambição e avareza, que podem destruir a minha fé".

Peça a Deus que guarde o seu coração, para que você não seja tentado a pecar contra Ele. Muitos, no anseio de prosperar e enriquecer tem deixado Deus.

6. Conclusão

Precisamos orar como Cristo nos ensinou. É esta oração que funciona, e que Deus responde.

É através deste modelo de oração que podemos aprender a falar com nosso Pai de forma agradável.

Que Deus nos ajude a orar como Jesus nos ensinou. Amém!

Pr Josias Moura


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Pr Josias Moura de Menezes

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